OPINIÃO DA CRÍTICA E IMPRENSA especializada sobre as obras da Confraria da Dança


“...Diane reina. Intérprete de uma força e qualidade raras, adensa seus recursos a cada nova produção. Sutilmente, vai desenovelando mais timbres, e, com eles, povoa a sua cena com muitas vozes e diferentes personagens. Nos timbres ou nos gestos, o padrão de qualidade se repete: seus movimentos precisos parecem nascidos de uma obsessão pelo ajuste perfeito. Seu controle da mais ínfima inflexão ao gesto mais explícito revelam uma dessas muito raras intérpretes que dominam tudo o que se propõem a fazer em um palco. (...) O rigor que permeia a escolha de cada elemento presente na cena e o modo como é nela trabalhado a confirma como uma das mais fortes intérpretes da dança brasileira.(...) Que sorte a nossa podermos contar com profissionais desse quilate!”

Helena Katz

“Escuro e sombra, mas o corpo reluz”

Crítica publicada em 26/06/09 no Caderno 2 do Jornal O Estado de São Paulo

“Diane Ichimaru é uma bailarina sui generis. Como um redemoinho no meio do rio, ela suga tudo ao redor para crescer e realimentar sua arte. Descontente com o hermetismo que tomou conta da dança contemporânea, ela diz estar “à margem” dela. Talvez queira dizer que está nos limites que dividem a dança do teatro e deste da literatura. O que Diane faz no palco, hoje, pode ser dança, mas também é teatro e poesia.(...) Adverso reveza-se em momentos profanos, políticos e poéticos, resultado de um caminho cada vez mais autoral trilhado por Diane desde Carta Para Não Mandar ou Cantiga Interrompida, seu outro solo, de 2005.”

Carlota Cafiero

“Espetáculo de Diane Ichimaru é selecionado em projeto estadual”

Matéria publicada em 27/03/09 no Caderno C do Correio Popular

“ E a Confraria da Dança, de Campinas, estreou o seu ótimo Brinquedos e Inventos para Dançar. Quem sabe surjam mais produções nesse nicho tão estratégico quanto difícil de ser bem atendido.(...)”

Helena Katz em sua avaliação da produção da dança em 2006

"Muitos editais, pouca política"

publicada em 05/02/07 – Caderno 2 - Jornal O Estado de São Paulo

“ Tomando outra direção, Relevo indica um diálogo entre as formas da natureza e as formas que elas tomam quando levadas para ambientes fechados. É o corpo de Marcelo Rodrigues que ocupa o papel do ambiente fechado, onde as formas de fora tomam forma. Homem-pedra, pedra-homem. Relevo foca os trânsitos entre um e outro, instigando o nosso olhar a procurar o caminho por onde esse trânsito se dá.(...)”

Helena Katz

“Richard Long revisto m dose tripla”

Publicada em 03/06/2006 no Caderno 2 - Jornal O Estado de São Paulo

“(...) Já Diane Ichimaru é fruto de outras sementes. Parece vinculada a uma dança apegada a significações e sinceramente dedicada a construir um discurso simplificador. Descreve territórios psicológicos com o zelo de quem quer traduzir as suas poéticas, (...) Intérprete que demonstra haver deixado maturar em seu corpo os entendimentos de dança que pratica, sugere, com a sua performance, uma espécie de isolamento em relação às discussões ora em curso. Tomara que o fato de finalmente estar conseguindo trazer o seu trabalho a São Paulo, (...) estreite o terrível abismo que parece nos separar da dança que se faz em Campinas. Pois que o contato irriga e contamina pela disseminação das informações que promove - exatamente o tipo de oportunidade que parece estar faltando a essa boa intérprete.”

Helena Katz

“A exata tradução da poética do corpo”

Publicada em 21/04/2003 no Caderno 2 - Jornal O Estado de São Paulo

“Território Interno vale ser visto. (...) O espetáculo mistura dor e beleza. O diretor João das Neves conseguiu tirar de Diane suas origens orientais e brasileiras, traduzidas em gestos ora sutis, ora vigorosos. (...) Território Interno é para ser sentido, não entendido pela razão. (...)Nesse momento, a bailarina parece implodir. Toda a beleza que esbanjava no início, dá lugar à feiúra, ao grotesco. Ela parece querer a morte. Mas, como a natureza que se refaz após a tempestade, a bailarina se reequilibra de novo, ao som de uma bela valsa de Chopin.(...) Território Interno é chão, é água e é profundamente humano, porque nos conta uma história, sem se preocupar com virtuosismo. (...)”

CarlotaCafiero

“Última Chance Para sentir a dança”
publicada em 26/01/2003 no Caderno C / Correio Popular

(...) Diane dançou, interpretou, sorriu, chorou.(...) foi capaz de provocar as mais diferentes sensações nos corpos presentes. Som em Silêncio. Sem música. Sem viola. Sem Chopin. Os movimentos, o brilho do suor, a respiração, perderam espaço para que a bailarina-atriz deixasse que invadíssemos o seu território interno que sofria, que buscava, que não se saciava. (...) Tentava entender o que se passava, prestar atenção na técnica, mas a expressão, as palavras não pronunciadas de Diane, me fizeram calar, e apenas sentir o momento. Angústia, aflição, desespero, todas as sensações ali interpretadas foram capazes de invadir os corpos na platéia.(...) Território Interno é um trabalho para que leigos sintam o que um movimento de um corpo pode traduzir e para que bailarinos sejam despertados a sentir uma coreografia sem se preocupar em entendê-la, um trabalho que permite a invasão de um território desconhecido e descobrir mais sobre ele a cada dia.”

Marcela Benvegnu

“Entrada Permitida”

Publicada em 05/04/2002 no site Barão em Revista

”É difícil expressar através de palavras a "alma" de Território Interno, espetáculo solo da dançarina Diane Ichimaru (...). O tema, como diz o título, especula o universo interno da bailarina como referência do próprio homem. Narra a complexidade do ser humano posicionado como uma pequena parte do universo tão amplo (...).”

Adriana Giachini

“Viagem interna”

Publicada em 07/03/2002 no Caderno C - Correio Popular

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